Normal e Parco
Poucas as ideias que me trazem aqui. A vida normal. Um café de aldeia. Um jogo do Benfica. Um cigarro na zona divisória entre pensamentos permitidos e outros censurados, adiados, postergados para uma fase e linha adulta. Procuro no tempo e entendo-me com ele, pensando que sou adulto, sou uma criança que graceja compulsivamente e esconde o rosto de felicidade. Porque na minha minimalidade sou demasiado ambicioso e mereço. Procuro não só sobreviver, mas viver mais tempo, ainda ser testemunha da minha própria solidão e desvelo. Falo com pederastas e ninguém fala comigo apesar de não ser nada disso. Ninguém me dá um título, uma palavra de incentivo, na rede ou na realidade que me assalta aos olhos e me bate na face como uma chapada. Escondo e escondo-me, manifesto e manifesto-me à força de mim mesmo, alheio a censuras e opiniões, que afinal me tornam mais forte. As mulheres não me adoram, eu adoro-as, mas só falo com homens, acerca delas. Logo, o mundo delas é o resultado de um espelho reflector para mim...
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