Real-Idade
Realidade: o Mundo das Res, das Coisas. Que está diante dos olhos do Sujeito e que ao mesmo tempo o antecede, em termos de reminiscência e sonho. Realidade que é construída e desconstruída, em termos de uma engenharia cravada no Tempo. Corpos que se movimentam na tela da realidade, além do tempo, como se não houvesse tempo, como se não pudéssemos de-terminar o tempo, fazer qualquer ciência social senão em termos de profilaxia para que o filme seja, no mínimo, romântico e não de outro género. Sim, em defesa do género romântico de final feliz. No contexto industrial e citadino, ruralizar, no contexto rural, industrial, porque a movência dos tempos que é ficção e fricção na mente dos actores sociais é mecanismo eternamente impassível, impossível de impedir-se em sua acção, ainda que determinável na sua fisionomia. A Construção Simbólica da Realidade revela o Homem como animal simbólico em todas as suas vertentes, mas também como animal a-simbólico, que tende para tal, mas que por vezes, na maior parte das vezes, constrói o seu simbolismo à parte do simbolismo tradicional e isso é interessante analisar, essa tendência do homem para fugir das relações sociais convencionais e entrever possibilidades de relações, em outros termos, fora do domínio do domésticos, do profissionais, do lúdico. Esse domínio é essencialmente o do tecnológico e configura o Ser que essencialmente relacional nos termos do momento, do banal, do circunstancial, ainda que dotado do doméstico, profissional, lúdico. Ainda assim, nos termos actuais, o Ser, o Homem, regressa não amiúde vezes, ao contexto do que lhe é mais caro e tradicional, ao fim de contas e tira aí, nesses lócus e contexto, as suas conclusões como outrora o homem primitivo ia para a caça e regressa a casa com a presa...
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