Não Sendo Fácil

Esparta. Estar.Permanecer. Imaginar o longe. A solidão. A extensividade das mesmas. A practicidade. O desalento. O vento. O rosto. Os destinos que se imaginam e que não saiem da imaginação para fora do pensamento, para fora de nós mesmos, expulsos. O importante. O acessório. As contradições do veneno que nos corrói por dentro. A vontade de partir, de vencer, de sobres-sair.
Os escritos que se fecham, a desinspiração, a tendência para alterar a matriz, a identidade, porque
as vozes dos outros são contraditórias. A loucura roça-nos a alma e dá-nos força para continuar.Simplesmente porque nos intriga o que acontece e o que não acontece.Oito e oitenta. Afinal habitamos estas gentes, e mais forte seria nosso orgulho lá por fora. A ruminação do espírito. A vida que se torna difícil para que seja fácil. A procura do explicações para as palavras dos outros, o evitamento do confronto porque a escrita poderá ser um último reduto. Assim saiem do ser emanações negativas e tornam mais leve o sono. Consciência poderá ser palavra chave mas nunca
será a última. Qual será então? Um código, um alívio, uma última confissão. Um arrependimento
por sermos tão exigentes conosco e com os nossos. A necessidade de tornar as coisas difíceis por ter
absorvido muito, muito, e muito pouco ter deixado. Senão palavras, como estas. A escrita, como a vida, mais do que a morte, intermitente. Um homem sozinho em casa, na cama, nas ruas, dia após dia. A culpa que nos leva a emigrar a mente para fora da circunscrição espacial e linguística em que nos movemos.

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