Uma Mensagem, Tempo Depois

Uma mensagem,tempo depois. O tempo, o vento rajado, embora esquecendo a chuva, persegue-me, mas não é ele verdadeiramente, é esta existência que se procura justificar quando outros, o inferno, não se justificam. Estarei de algum modo no meio de qualquer coisa com potência para explodir, um reajustamento necessário, como parece acontecer a ntoda a gente dolosamente nestas bandasdo continente.Estive longos meses à deriva, à espera de argumentos, enchendoa minha bolsa de inspiração como quem preenche de tabaco o enrolador. Aqui vivem-se tempos difíceis, a indolência que alguns chmam preguiça (como a mulher que amei) regista quatro internamento, o último dos quais por uma vizinha cujas circunstâncias ainda nestão por esclarecer. Deixá-la estar. Os risos, os comentários, o dinheiro, sempre que necessário, passa. Ficam os momentos de degustação.Estava de facto à procura de um lugar para voltar a escrever, mesmo sem ter grandes leitores nem obra REALMENTE publicada. Talvez devesse algu7ma coisa a essa teimosia de escrever e nãqo ousasse desistir, permanecendo num país onde publicar é privilégio de poucos. E de que se faz a escrita? De uma solidão atroz, de uma já desordem de pensamentos que provém dos corpos interpenetrando-se, como se fosse esse o fim último da nossa existância. Lévinas teria alguma coisa certamente a dizer sobre isto.Mas receio que a filosofia deixe de ser verdadeira quando misturada com a literatura, passageira, que se oferece e se olha de soslaio, como se fosse a coisa mais natural e óbvia do formo. Escrevo assim com estas palavras comuns, para que todos possam entender. Não procuro artifícios ou construir grandes sistemas (ou mesmo destruir). É a vida, o existente, que se vai desenrolando, no afã dos dias e toda esta potência de escrever resultaria menos num artifício (no sentido de arte) da razão do que numa solução para problemas concretos, que afinal as pessoas encontram, desencontram. Esses, os problemas das pessoas, são os mais importantes, senão pelo menos os mais óbvios, já que é isso que não só eu tenho encontrado. A economia é um mero sistema de números e valores que acabam por alienar as pessoas e modificar as relações humanas. Sigo noutro lugar.

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